Despertar da Arte


No decorrer do mês de novembro de 2009, mais uma vez foi realizada o projeto Despertar da Arte, orientado pela professora Marlê Balestra que demonstra sempre empenho e compromisso na busca de uma educação pública e de qualidade.

Os alunos do 6ºano C e 7º ano C, do período vespertino participaram com dedicação e abrilhantaram o trabalho, que recebeu elogios de todos na escola.
O conceito de arte é extremamente subjetivo e varia de acordo com a cultura a ser analisada, período histórico ou até mesmo indivíduo em questão.



Não se trata de um conceito simples e vários artistas e pensadores já se debruçaram sobre ele.



O Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, segunda edição), em duas de suas definições da palavra arte assim se expressa:

«atividade que supõe a criação de sensações ou de estados de espírito, de caráter estético, carregados de vivência pessoal e profunda, podendo suscitar em outrem o desejo de prolongamento ou renovação»...; «a capacidade criadora do artista de expressar ou transmitir tais sensações ou sentimentos ....»


Independente da dificuldade de definição do que seja a arte, o fato é que ela está sempre presente na história humana, sendo inclusive um dos fatores que a diferenciam dos demais seres vivos.




Aqui deixamos algumas fotos dos trabalhos realizados pelos alunos neste projeto que tinha como tema a fotomontagem.











JORNAL SERRA DA MESA
“Somente quando for cortada a última árvore, pescado o último peixe, poluído o último rio, é que as pessoas vão perceber que não podem comer dinheiro."

Provérbio Indígena


Os alunos do 7º ano B da Escola Estadual Dr. Francisco de Azevedo apresenta a Edição Especial do Jornal Serra da Mesa, elaborado por eles com a orientação da professora de História, Sandra Carleth Fernandes Carvalho.
Este é um jornal que mostra a cultura indígena e vai contribuir para o conhecimento de povos de diferentes tradições e que se orgulham de serem os primeiros habitantes do Brasil.



SER ÍNDIO
Os habitantes das Américas foram chamados de índios pelos europeus que aqui chegaram. Uma denominação genérica, provocada pela primeira impressão que eles tiveram por pensarem ter chegado às índias.
Mesmo depois de descobrir que não estavam na Ásia, e sim em um continente até então desconhecido, os europeus continuaram a chamá-los assim.
Desde a independência em relação às metrópoles européias, vários países americanos estabeleceram diferentes legislações em relação aos índios e foram criadas instituições oficiais para cuidar dos assuntos a eles relacionados.
Pesquisado por: Jéssica

CARIRI XÓCO
Na aldeia Cariri Xocó os índios fazem de tudo, dançam, brincam, cantam, fazem bijuterias e brinquedos de barro.
Na aldeia deles é diferente um pouco das outras aldeias, por que têm escolas, feira, lojas.
A pintura deles é feita de pó de carvão, jenipapo verde que eles transformam em um liquido e passam no corpo e dura de 15 a 40 dias.
As roupas são feitas de corda trançada e palha seca. Os anéis são de borracha e o cocá é de palha seca, pena, dentes de onça e de outros animais.
Elaborado por: Dayanne e Danyella

AVA-CANOEIRO


Localizado a 700 quilômetros de Brasília, uma família com seis integrantes resiste como últimos representantes da nação indígena Avá Canoeiro. Os índios desta tribo conseguiram escapar do destino de outros 900 povos nativos, que sumiram do mapa brasileiro nos últimos cinco séculos. A matriarca Matcha, 65 anos, sua irmã Naquatcha, 60, a filha Tuia, 30, o único homem da tribo, Iawí, 40, e as duas crianças Trumak, 14 e Potdjawa, 11, são remanescentes de um massacre ocorrido em 1969 que dizimou 150 índios. Na ocasião Matcha estava grávida de Tuia e fugiu com Naquatcha e Iawí. Durante 12 anos, os três viveram em cavernas e comeram morcegos para sobreviver. Passaram a viver como nômades para escapar dos ataques do homem branco até aceitarem viver sob a tutela da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), em 1981. Pesquisado por: Thais Almeida

Nome:
Os Avá-Canoeiros são também chamados de “Cara-Preta”. Do século XVIII até 1960 eram designados como “Canoeiro”, simplesmente. No século XIX, tinham ainda denominação “Carijó”. O nome Avá-Canoeiro surgiu no início da década de 1970, durante os trabalhos de contato com o grupo que habita a região do rio Araguaia.

Língua:
Os Avá-Canoeiro falam uma língua da família Tupi-Guarani, do tronco Tupi. Existem diferenças dialetais entre os grupos da região do rio Araguaia e do rio Tocantins.
Uma possível solução para garantir a continuidade dos grupos do Araguaia e do Tocantins seria uni-los em uma só comunidade.Separados há mais de um século, os Avá-Canoeiro do Tocantins e do Araguaia desenvolveram diferenças culturais, inclusive lingüísticas, consideráveis.Pesquisado por: Filipe

PINTURA CORPORAL

Uma das características que mais marcam a cultura indígena é a pintura corporal que pode ser vista tão necessária e importante esteticamente como a roupa usada pelo o “homem branco” feita de jenipapo, carvão ou urucum.
Tem como objetivo definir os povos, determinar a função de cada um dentro da aldeia e até mostrar o estado civil.
Grupo responsável: Thays Cristina, Joyce, Letícia, Fernanda e Viviane

DANÇA
Os índios têm muitas danças, a dança do acasalamento quando está na hora da mulher ter um filho e tem a dança da chuva quando as minas estão morrendo por causa da seca e a dança do fogo quando é hora deles adorar um deus. Eles também consideram a água como um deus, por isso, não fazem xixi na água e também não a poluem. Na noite de lua cheia é o momento do acasalamento e mesmo que a sua companheira esteja doente o índio não pode ficar sem acasalar, então a companheira escolhe outra índia para dormir com o marido.
Elaborado por: Reginaldo

RITUAL
Uma grande parte dos rituais realizados pelos diversos grupos indígenas do Brasil pode ser classificada como ritos de passagem. Os ritos de passagem são as cerimônias que marcam a mudança de um indivíduo ou de um grupo de uma situação social para outra. Como exemplo, podemos citar aqueles relacionados ã mudança das estações, aos ritos de iniciação, aos ritos matrimoniais, aos funerais e outros, como a gestação e o nascimento.
Entre os Tupinambás – grupo indígena extinto que habitava a maior parte da faixa litorânea que ia da Foz do rio Amazonas à ilha de Cananéia, no litoral paulista -, quando nascia uma criança do sexo masculino, o pai levantava-se do chão e cortava-lhe o umbigo com os dentes. A seguir, a criança era colocada numa pequena rede, onde eram amarradas unhas de onça ou de uma determinada ave de rapina. Colocavam-se, ainda, penas da cauda e das asas dessa ave e, também, um pequeno arco e algumas flechas, para que a criança se tornasse valente e disposta a guerrear os inimigos.
Grupo responsável: Kevin, Filipe, Thais Almeida, Reginaldo, Luis Carlos e Vanderli.

ARTESANATO

O buriti e o arumã são as fibras mais utilizadas entre os índios brasileiros. O trançado, grafismo e formatos são característicos de cada etnia.
Muitas comunidades se caracterizam pelo tipo de traçado utilizado nas cestarias, seja pela origem e influências ou pela matéria prima disponível na região
Arte plumária serve para enfeites: mantos, máscaras, cocares, e passam aos seus portadores elegância e majestade. Esta é uma arte muito especial porque não está associada a nenhum fim utilitário, mas apenas a pura busca da beleza.


O Cocar
A disposição e as cores das penas do cocar não são aleatórias. Além de bonito, ele indica a posição de chefe dentro do grupo e simboliza a própria ordenação da vida em uma aldeia Kayapó. Em forma de arco, uma grande roda a girar entre o presente e o passado. "É uma lógica de manutenção e não de progresso", explica Luis Donisete Grupioni. A aldeia também é disposta assim. Lá, cada um tem seu lugar e sua função determinada.
Grupo responsável: Sávio, Eduardo, Maísa, Bruno e Lucas

CURIOSIDADES

O índio hoje

Hoje no Brasil, vivem cerca de 460 mil índios, distribuídos entre 225 sociedades indígenas, que perfazem cerca de 0,25% da população brasileira.
Cabe esclarecer que este dado populacional considera tão somente aqueles indígenas que vivem em aldeias, havendo estimativa de que, além destes, há entre 100 a 190 mil vivendo fora das terras indígenas, inclusive em áreas urbanas. Há também 63 referências de índios ainda não constados, além de existirem grupos que estão requerendo o reconhecimento da sua condição indígena ao órgão federal indigenista.

Os índios antes do contato com os brancos eram pessoas saudáveis tanto de espírito quanto de mente. Corriam ao ar livre; comiam semente uma vez ao dia, nadavam, enfim tinham uma bela vida. Aos poucos o contato com os brancos foi introduzindo costumes que só fizeram abalar o vigor físico do índio. As roupas trouxeram alergias, o açúcar problemas dentários e a diminuição da saúde.
de cobras: Dentes de jacaré pendurados no pescoço, pulsos e tornozelos
Raspas de dente de jacaré são ingeridas com água
Banha de jacaré para picada de cascavel

Cuidados de uma índia grávida:
Dieta de peixes pequenos, aves e tubérculos como a mandioca, o cará e a batata-doce

Se o pai da índia matar uma onça na hora do parto a criança nasce com a cara chata, se matar um tucano nasce com um nariz comprido.

Garrafada para curar diarreia:
3 folhas de abacateiro
3 folhas de goiabeira
3 folhas de abiu do pará
Por: Thais Karoline

Crenças indígenas

Os índios acreditam que as doenças são causadas por espíritos, por elementos estranhos que podem ser um inseto ou uma planta que algum espírito introduz no corpo da pessoa doente. Os índios acreditam que as pessoas doentes têm almas roubadas por um espírito maligno, vingativo de outra tribo ou até mesmo da própria tribo. A saudade, o amor ou o remorso também podem ser causa de um roubo de alma. Algumas doenças podem ser causadas pela introdução de pedras, objetos, vermes no corpo da vítima por uma monstro sobrenatural.
Grupo responsável: Gecilaine, Jéssica, Thais Karoline, Lorena, Kelvin

NOTÍCIAS

1-Ritual de furação de orelha afirma identidade cultural do povo Krahô


2- Nos dias 10 e 11 de junho a Fundação Nacional do Indio (FUNAI) vai apoiou um dos rituais mais importantes para o povo indígena Krahô: a furação de orelha. Neste mês, na Aldeia Cachoeira no estado do Tocantins, 70 jovens do sexo masculino, na faixa etária de cinco a 18 anos, irão submeter-se ao ritual, que traz não apenas a perfuração estética, mas também a memória da comunidade a qual pertencem. A Coordenação-Geral de Artesanato da FUNAI liberou recursos no valor de R$1,7mil para a compra de tecidos, espelhos, facas pequenas e despesas de locomoção dos participantes.
Desde meados de 1995 a FUNAI, juntamente com outras entidades, participa do processo de recuperação da identidade dos Krahô. Esta etnia, que havia deixado de praticar diversos cantos e rituais que compõem a identidade da comunidade, obteve ajuda da fundação para que retornassem a realizar eventos nos quais afirmassem sua cultura. A exemplo do projeto de recuperação das sementes tradicionais indígenas, em que o apoio da instituição foi fundamental para a retomada da prática. Neste contexto, a participação desses jovens índios é exatamente importante pelo fato de que esta celebração está inserida num processo de reafirmação de identidade cultural, como uma marca na qual os Krahô exibem sua origem, destacando-se em meia às outras etnias.
Pesquisado por: Filipe

O projeto Rito de Passagem, Canto e Dança Ritual Indígena é uma realização do Instituto das Tradições Indígenas uma organização não governamental criada e dirigida por pessoas indígenas com a proposta de divulgar o pensamento, o conhecimento, a beleza e força das culturas indígenas de nosso país promovendo assim uma aproximação maior entre os povos que habitam o Brasil.
O Projeto trouxe a riqueza dos rituais tradicionais do pátio das aldeias em apresentações especialmente elaboradas para o espaço cênico.
Trata-se de um projeto inovador que recria a magia das aldeias com recursos de cenografia, som e luz e ainda garante todos os direitos de autor e de imagem às comunidades parceiras. Pesquisado por: Luiz

Agradecimentos:

• A todos os alunos do 7 ano B pela participação e interesse na elaboração do jornal.

• Ao Grupo Gestor da Escola Estadual Dr. Francisco A. Azevedo por não ter medido esforços para a visita ao Memorial Serra da Mesa.

• As funcionárias da Merenda que se disponibilizaram a preparar o lanche mais cedo para visita ao Memorial.

• Aos responsáveis pelo Memorial, na pessoa de Sinvaline que nos recebeu com maior carinho e presteza.

• A Prefeitura Municipal de Uruaçu pelo transporte.