Desfile 7 de Setembro

A Esc. Est. Dr. Franc. Antônio de Azevedo fez bonito no desfile de 7 de Setembro, tendo o tema Brasil no Regime Militar 1964-1985.

Tivemos 12 pelotões, e uma participação expressiva dos alunos.


Exército, Marinha e Aeronáutica uniram suas forças e ficaram 20 anos no comando do nosso país, controlando não apenas a participação política, mas também censurando a arte, a cultura e a educação do nosso povo.

No teatro, na televisão, no cinema, nos jornais impressos, nas emissoras de rádios, nas escolas e universidades, nos movimentos civis; o governo militar conseguiu exercer controle graças ao uso da força.

Contudo a sociedade se organiza e enfrenta este governo autoritário e ilegítimo. Passeatas e manifestações em todo país, foram organizadas unindo milhões de brasileiros na busca pela reinstalação da democracia e pela liberdade de expressão.

A U.N.E (União Nacional dos Estudantes) teve participação relevante nessas manifestações e muitos dos seus líderes acabaram perseguidos pelo regime militar. Muitos foram presos, outros foram exilados, partindo para outros países por terem suas vidas ameaças por um governo ditador em seu próprio país.

A Guerrilha do Araguaia também foi lembrada no nosso desfile. Nesse momento negro da nossa história, embrenhados na mata no norte do país, inspirados na guerrilha da Revolução Cubana, brasileiros comunistas enfrentaram o governo militar. Este movimento foi sufocado com muita força bruta. Muitos morreram e outros foram presos. Aliás a morte de brasileiros não se limitou a esta guerrilha. Nas cidades outros tantos foram perseguidos e mortos por levantarem sua voz contra o regime.









A Anisita de 1979, ainda hoje criticada por não punir os responsáveis pelo regime e suas atrocidades, teve seu espaço dentro do desfile.

A campanha Diretas Já também foi retratada, fechando nosso desfile. Este movimento que se alastrou por muitos Estados da Federação, tinha como objetivo o retorno da eleições diretas para presidente da república.

Noite de Talentos

Por acreditarmos que a participação da família na formação acadêmica de nossos alunos é fundamental na busca pelo sucesso, a nossa escola realizou a segunda etapa da NOITE DE TALENTOS, agora tendo nas apresentações apenas os nossos alunos, que cantaram, tocaram e dançaram no palco de nossa escola.





Selecionamos algumas imagens que comprovam o talento dessa moçada e deixamos aqui registrado o nosso parabéns a todos aqueles que participaram.


A comunidade apoiou mais uma vez e compareceu enchendo nossa escola de gente bonita e animada.

A jornada em prol da educação é longa, e a parceria com a família cada vez se torna mais importante.






Vamos juntos na busca por uma educação pública, gratuita e acima de tudo de qualidade.

Memórias

Meu nome é Aureliano Rodrigues de Oliveira. Sou do ano de 1924, nascido no município de Santa Teresa de Goiás, uma cidade pequena no interior do estado de Goiás.

Quando criança eu e meus irmãos tínhamos que trabalhar na roça, em uma lavoura à 10 km de casa para ajudar meu pai.

Levantávamos cedo, parávamos somente na hora de almoçar ou molhar a garganta. Os dias eram mais longos e o sol nunca faltava.

Antes de irmos dormir, ficávamos meus irmãos e eu, escutando estórias que meu pai e minha mãe contavam. Por vezes era um outro parente ou vizinho que reunia-se conosco.

Lembro-me de várias dessas estórias e por vezes pensava que se tratava de invenções, que não acontecera ou aconteceria realmente.

Diziam por exemplo que o mundo acabaria e o sinal deste acontecimento seria descer um enorme cruz que taparia a luz do sol. Faria muito barulho e seria o fim de tudo.

Em uma tarde ensolarada eu e meus irmãos trabalhávamos na lavoura com meu pai como de costume. Naquele lugar havia muitas pedras, dificultando o acesso em alguns pontos da lavoura. Dava-nos calos nos pés. Estávamos nessa peleja por sobre as pedras, quando menos esperávamos vimos surgir, lá de longe, um avião. Só que eu e meus irmãos ainda não o conhecíamos. Então quando veio se aproximando aquele objeto com formato de cruz, fez sombra em meio a luz do sol e com um forte barulho, ficamos com muito medo. Era o fim do mundo! Com esse medo na cabeça, saímos rezando e correndo em meio as pedras e a plantação para perto de nosso pai. Foi um caminho penoso, pela própria terra e com o medo como acréscimo. Quando chegamos perto dele enfim, nosso pai nos explicou o que era um avião .

Mas sem dúvida esse foi o maior medo que passei por aquelas bandas. Todo esse fato ocorreu em 1934, por eu ser criança e acreditar demais nos outros.

Redação produzida pelo aluno Filipe Antônio Rodrigues de Morais do 8º ano A.