Encontro de Professores Alfabetizadores





Aprender a ler, escrever, alfabetizar-se é, antes de mais nada, aprender a ler o mundo, compreender o seu contexto, não em uma manipulação mecânica de palavras, mas em uma relação dinâmica que vincula linguagem e realidade.

- Paulo Freire –

A Secretaria de Estado da Educação – Seduc – tem se comprometido com a qualidade do ensino em Goiás e para isso objetiva implementar vários programas para a melhoria dos resultados de aprendizagem dos estudantes da rede pública de ensino de Goiás. Assim pensando, realizaram nos dias 01, 02, 03 e 04/04/2009 em Pirenópolis – Goiás o Encontro de Professores Alfabetizadores.

Nesse encontro discutiu-se e ampliou-se os conhecimentos já existentes sobre alfabetização, com o intuito de levar os educadores a compreender melhor os novos caminhos percorridos pelo processo de alfabetização nesse momento em nosso país.

Na oportunidade, participamos de debates, palestras e oficinas, onde se expôs que o professor alfabetizador precisa adquirir conhecimentos acerca dos processos de alfabetização e metodologias apropriadas e diversificadas, pois nem sempre a prática pedagógica adotada pode ser eficaz a todos os aprendizes.

Assim, a alfabetização deve ser um processo prazeroso, instigante tanto para o professor quanto para o estudante e que a mesma deva fomentar em ambos o desejo de aprender a aprender. Digo em todos, porque enquanto se ensina, também se aprende.

As novas propostas valorizam os conhecimentos prévios da criança e, proporcionam momentos de interação entre educandos e professores, e que apresenta como conseqüência, condições saudáveis para a aprendizagem da leitura e da escrita de forma prazerosa e significativa.

O Processo de alfabetização começa assim que a criança se encontra com material impresso – desde que alguém lhe diga o que está escrito. Mas enfim, o que é alfabetizar e o que é letrar o nosso estudante?

De acordo com o material apresentado, fundamentado por Magda Soares, “Letramento em três gêneros”, a alfabetização é o processo de aquisição individual de habilidades requeridas para a leitura e escrita.

Assim, (...) a pessoa que aprende a ler e a escrever – alfabetizada – precisa também transferir a leitura e a escrita para suas práticas sociais, dado que letrar é muito mais que alfabetizar. Entretanto, os professores educadores, devem tomar cuidado para não sobrepor uma prática a outra. O ideal é que ambas se desenvolvam simultaneamente: alfabetizar letrando. Esse, é o novo desafio do processo de alfabetização para esse novo milênio.

O QUE É LETRAMENTO?


Letramento não é um gancho
em que se pendura cada som enunciado,

não é treinamento repetitivo

de uma habilidade,

nem um martelo

quebrando blocos de gramática.


Letramento é diversão

é leitura à luz de vela

ou lá fora, à luz do sol

São notícias sobre o presidente,

o tempo, os artistas da TV

e mesmo Mônica e Cebolinha

nos jornais de domingo.






É uma receita de biscoito,

uma lista de compras, recados colados na geladeira,

um bilhete de amor,

telegramas de parabéns e cartas

de velhos amigos.


É viajar para países desconhecido,

sem deixar sua cama,

é rir e chorar

com personagens, heróis e grandes amigos.

É um atlas do mundo,

Sinais de trânsito, caças ao tesouro,

Manuais, instruções, guias,

E orientações em bulas de remédios,

Para que você não fique perdido.


Letramento é, sobretudo,

um mapa do coração do homem,

um mapa de quem você é, e de tudo que você pode ser.


Kate M. Chong


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